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Muitos outros alguns / Beaucoup d'autres certains

Ouvir é dar um abraço...

É dar lugar ao afago, que,

Embora imaterial, é terno.

O tempo não existe: a matéria é que escorre

contra as fendas apertadas do limite...

E se transforma em outra coisa, em outros seres,

Em outros nadas... na democracia da existência...


Logo, se nada fica, se nada para,

Então, por que não recolher a diversidade?

Antecipar-se à vida e à surpresa do instante... uma

Imagem plural, imprevisível, abertura à invenção

Que não reproduz as imagens gastas das fotografias

Simboliza o que corre, o que furta-cor, o que

Cria, o que desabrocha, o que se desdobra...

Numa impossível estátua da metamorfose...

Lacuna... vazio... desejo...

Linguagem de um menino

Que a cada amanhecer, a cada sentir

Do vento sobre o arrepio gelado da pele,

A inauguração de um outro

Aroma de flor e de mundo no horizonte...

Alfabeto novo... nova gramática para

A vivência... que nos ultrapassa…


Marcelo Rocha[1]

[1] Possui graduação em Português - Inglês (Licenciatura Plena) pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1999), mestrado em Letras (Letras Vernáculas) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2003) e doutorado em Letras (Letras Vernáculas) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2012). Contato: marcelonrocha1974@gmail.com.

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